sábado, 13 de julho de 2013

Estados de alma



Toda a gente e julga uma pessoa de bem com a vida. Toda a gente, no geral, gosta de mim pelo que transmito, pelo companheirismo, pelo divertimento que causo. Sei disso, sei o que sou e sei aquilo que consigo fazer chegar aos outros. Pergunto-me é se não se surpreenderiam se eu lhes dissesse aquilo que me atormenta, aquilo que está na minha cabeça, as confusões, os receios... Imagino se lhes dissesse que na realidade sou um ser tão inseguro, tão... Tão diferente daquilo que mostro. 
Não digo que esteja a fazer algum teatro, até porque acho que no fundo consigo "separar" as coisas. Ninguém me pergunta porque ninguém sabe, nem desconfia. Também não quero que saibam. Não há nada para saber. 

As pessoas não estão habituadas a ver-me em baixo, triste, amuado, stressado... Por acaso esta semana que passou, todos me perguntavam o que eu tinha..."Que se passa contigo?", "estás bem?", "Que olhos são esses?". Eu apenas respondia: "Nada...".
Sinceramente estou cansado. Do que? De estar cansado. Um cansaço psicológico que me está a arrastar não sei para onde. Sinto que no fundo, e a cada dia que passa, estou a deixar de ser eu... e claro... isso não quero.

Sinto que estou sempre a preocupar-me demais com os outros, e estou a ficar para trás. Não é justo. Toda a gente gosta de mim, toda a gente simpatiza comigo... Mas dou por mim muitas vezes a olhar para o lado a não ver ninguém. Parece que está alguma coisa aqui que não está bem... Talvez esteja na hora de ter amor próprio. Já fui acusado de ser egoísta, mas no fundo não sou. Tudo tem um motico, apesar de não ter nenhum santo, apesar de muita coisa não ter explicação, nem razão... Ninguém sabe o que sinto, o que me transtorna. De momento várias coisas.

Preciso de uma mudança, preciso de um ombro, preciso de atenção, preciso de um abraço e de um "estou aqui". 

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