Talvez percamos muito tempo a fazer promessas em vão. Temos
objectivos a cumprir, coisas que querermos realizar, ter e conquistar, mas
muitas vezes não fazemos grande coisa (ou mesmo nada) para as conseguir. A
culpa disso é, sem dúvida, nossa e daquilo a que podemos chamar de comodismo. É
fácil desejar, querer… É fácil esperar e “pedir” que as coisas se concretizem.
E nós? Não nos cabe a nós fazer alguma coisa?
Tenho andado à sombra da bananeira. Sonhos e objectivos não
me faltam. Mas sei bem que não tenho feito quase nada por isso. Limito-me
apenas a “prometer-me” coisas a mim mesmo.
Acho que cheguei a uma altura da minha vida em que tenho de
ter mais ambição e sobretudo, não ficar por ali. Há muito a fazer. Estou a
precisar de uma mudança. Não sei se drástica, mas tenho de começar a construir
a casa, montar o telhado. Arrumar todas as gavetas. Definir prioridades. Ganhar
um animo que talvez me falta e uma motivação que está longe, mas sei que virá.
Há muito por realizar, e se não for agora, quando será? Está
mais que na hora de mergulhar de cabeça, acompanhar as ondas que a vida em
possa colocar à frente. Eu sei que sei nadar. Posso ter o risco de me afogar,
mas terei de tentar. Este “tipo” de vida, o tipo de me andar a “arrastar” não é
saudável nem para o corpo nem para a mente.
Preciso de um novo amanhecer, de uma nova experiência, de uma
lufada de ar fresco em vários sentidos. Estou disposto a lutar e a sair ferido
se assim for. Há dias que realmente tenho andado a pensar nisto, e o facto de
ter pessoas que me dão as opiniões importantes, fazem com que reflicta em tudo.
Acho que, apesar de ser novo, já perdi tanto tempo, já me acomodei tanto.
Sinto-me sem tempo para recuperar. Mas a vida não acaba amanhã, mas também não
começou ontem. Já começou há muito tempo atrás e eu pouco fiz.
Se estou cansado? Estou, e muito. Não vale a pena bater mais
no ceguinho. Haverão coisas que terão de mudar e uma delas serei eu. Quero um
dia olhar para trás e poder dizer “valeu a pena”.
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